quarta-feira, 22 de agosto de 2012
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Convite para o ato de criação da Comissão Estadual da Verdade
O Movimento Fora da Ordem convida a todos para estarem presente na solenidade do ato criação da Comissão Estadual da Verdade pelo Governador Tarso Genro. O decreto que institui a Comissão Estadual da Verdade, destinada a facilitar o acesso da sociedade a documentos oficiais da ditadura militar no Brasil (1964-1985. A comissão terá como o objetivo resgatar a memória política e histórica do Estado e subsidiar os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, criada no final do ano passado pela presidente Dilma Rousseff através da lei 12.528/2011.
A Solenidade ocorre durante a conferência Direitos Humanos, Desenvolvimento e Criminalidade Global, que será apresentada pelo juiz espanhol Baltasar Garzón, a partir das 18h, no auditório do Ministério Público do Estado (Avenida Aureliano de Figueredo Pinto, 80). A entrada é gratuita e não depende de inscrições. A Conferencia também terá a presença do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e atual coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Gilson Dipp. participam ainda a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, e o ministro de Defesa do Uruguai, eleutério Huidobro, além do procurador aposentado do Estado, Jacques Alfonsin.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Ato de identificação do Palácio da Polícia do RS, como espaço de resistência
No dia 27 de junho (quarta-feira) o Comitê Carlos de da Justiça e da Verdade fez a identificação do Palácio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (Av. João Pessoa, 2050) como local de tortura durante o regime militar. Como movimento membro e fundado do comitê, o Movimento Fora da Ordem esteve presente. O local serviu durante o regime militar como a sede do Departamento de Ordem e Política Social (Dops) na capital gaúcha.
A identificação do Palácio da Polícia como espaço de resistência durante a ditadura militar é o primeiro prédio público em funcionamento a receber essa identificação. O ato foi realizado embasado na lei do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNH3), que possibilita a identificação do patrimônio público onde foi comprovada a prática de tortura e crimes de violação dos direitos humanos em 1964.Estiveram presentes no ato autoridades do estado e do município, dirigentes partidários do PT, PSOL, PCB,PCdoB e PDT. com destaque para a presença do ex-governador Olívio Dutra e do último preso político no estado, Antonio Louzada. Durante as colagens dos adesivos de identificação e da fala pelo movimentos a Coordenadora do Comitê Ariane Leitão falou em nome do Fora da Ordem.
Movimento Fora da Ordem presente noa to de identificação do Palácio da Polícia do RS como espaço de resistência.
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Ariane falando em nome da coordenação do Comitê Carlso de Ré e do Fora da Ordem, ao Lado do Ex-Governador Olívio Dutra.
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segunda-feira, 25 de junho de 2012
Ato de identificação da antiga sede do DOPS em Porto Alegre.
O Movimento Fora da Ordem convida a todos para o ato realizado pelo Comitê Carlos de Ré da Verdade e Justiça, de identificação da antiga sede do DOPS em Porto Alegre.
Dia: 27 de Junho (Quarta-feira)
Local: Na frente do Palácio da Polícia, esquina das avenidas João Pessoa e Ipiranga.
Horário:11 h e 30 min.
Porto Alegre com mais direitos, mais cidadania
Caminhando pelas ruas de nossa capital, não é difícil perceber porque somos apaixonados por ela. Reunimos um povo pra lá de miscigenado com diversas caras e culturas, fomos presenteados com o mais belo pôr-do-sol do mundo e com um rio, que na verdade é lago, responsável por passeios memoráveis, a cidade é colorida na primavera e no outono nos brinda com paisagens cinzas e lindas! Enfim, somos uma capital com muita história na bagagem, história escrita pelos que aqui chegaram, pelos que se foram e especialmente por aqueles e aquelas que vivem e constroem nossa cidade todos os dias.
No entanto, o maior desafio de uma cidade é constituir-se como um referencial em qualidade de vida para sua população, com serviços funcionando e acessíveis a todos, valorizando a cidadania e a participação. Ocorre que a história da Porto Alegre de hoje, já não contempla mais estes aspectos. Vivemos uma experiência de total distanciamento entre a administração pública e a população da cidade, de indiferença em relação aos direitos das pessoas e, especialmente, de descompasso com a realidade brasileira e gaúcha de aceleração do desenvolvimento.
As marcas de uma gestão que não prioriza as pessoas podem ser percebidas em cada bairro da capital. Desde a ausência de atendimento nas unidades de saúde, passando pelas moradias indignas disponibilizadas pela prefeitura, pelo transporte de má qualidade, pelas praças abandonadas, até o lixo espalhado por todo canto! Convivemos com o descaso e o sucateamento dos equipamentos públicos da cidade,
O modelo atual, implementado pela atual Prefeitura, excludente, que divide a cidade, o solo e as pessoas e não garante direitos é o que devemos enfrentar! É urgente superar o descaso que deixa parques e praças escuros e inseguros, onde as mulheres, a comunidade LGBT, a população negra, os jovens, crianças e idosos são cotidianamente expostos à violência, superar a ausência de equipamentos públicos de proteção às mulheres, às vítimas da homofobia e racismo, e às populações em condições de maior vulnerabilidade, atingidos pelo preconceito. Ou seja, superar a ausência dos direitos humanos na cidade é um desafio posto para a cidadania em 2012.
Então, na Porto Alegre que queremos construir, a cidade é de todos e todas: dos bares e dos moradores, da cultura popular e dos investimentos, onde tenhamos o poder público atuando de forma democrática e fortalecida, com capacidade de garantir a tolerância do convívio nos espaços públicos, de promover a diversidade e de combater a violência oriunda do preconceito com políticas públicas ousadas e inovadoras na proteção social e nos direitos humanos.
As experiências que vivemos atualmente no Brasil e no Rio Grande são provas de que é possível governar promovendo e garantindo direitos. As conferências de direitos humanos, das mulheres, da juventude, LGBT, das pessoas com deficiência, da igualdade racial, da educação, da cultura, por exemplo, constituem-se como demonstrações de valorização da cidadania, onde a população indica aos governos as necessidades de cada setor da sociedade, construindo de forma conjunta a agenda de formulação e aplicação de políticas públicas. Porto Alegre, hoje, nega estas experiências, despreza este modelo, implementa um projeto de enfrentamento social, apostando em uma cidade com muitos deveres, mas poucos direitos.
É por estas razões, que tenho a convicção de que é preciso reverter a paralização social, ideológica e cultural que vivemos em nossa cidade. É preciso apostar na ousadia de nossa gente e disputá-la para um projeto de cidade renovada, justa, igualitária e participativa, que valorize a confraternização cidadã e que aponte que por aqui, em Porto Alegre, um outro mundo possível está sendo construído de fato! As eleições de 2012 nos dão esta oportunidade, o futuro da cidade está em nossas mãos.
Por Ariane Leitão
Ariane Leitão é fundadora do Movimento Fora da Ordem e atual coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos do PT/POA e vereadora suplente pelo PT/POA.
fonte:http://sul21.com.br/jornal/2012/06/porto-alegre-com-mais-direitos-mais-cidadania/
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Ato do Comitê Gaúcho pela verdade e justiça Carlos de Ré
Na manhã desse domingo, 03 de Junho, o Comitê Gaúcho pela Verdade e Justiça Carlos de Ré realizou mais um ato público em defesa da busca pela verdade dos crimes cometidos pelosa gentes do Estado durante a Ditadura Militar e d aluta para que a justiça seja Feita. Sendo realizada uma caminhada, iniciada na esquina entre a Rua José Bonifácio e a Avenida Osvaldo aranha e terminada no Arco do Expedicionário no Parque da Redenção. o Ato contou com a presença dos movimentos que fazem parte do comitê, de ex-presos políticos e com representantes do PT, PCB e PSol.
O companheiro Daniel Gomes falou em nome do Movimento Fora da Ordem, no qual reforçou a a importância da criação da Comissão nacional da Verdade, mas ponderou que a Justiça só será feita através da mobilização dos movimentos e com a pressão do povo nas ruas. Reforçando a importância dos movimentos de juventude presentes e da importância do ato ter acontecendo na frente do Colégio Militar, no qual fez criticas, pelo fato de que na Escola o Golpe de 1964 é ensinada como a Revolução de 1964.
O ato foi finalizado com a Fala de Ariane Leitão, coordenadora do Comitê no qual exaltou a importância dos movimentos e pessoas presentes. relatou que a luta pelos direitos humanos é uma luta diária e que por mais que a Ditadura civil-militar tenha terminado em 1985, muitas práticas dela ainda são presentes nas ações policiais de hoje, por isso essa é uma luta de todos. Principalmente em honra a memória dos que foram presos, torturados e mortos durante o Regime Militar. Relatando que o comitê já possui suas próximas ações agendadas, entre elas a identificação do Palácio da Polícia que serviu como local de tortura e do quartel da Rua Luíz Afonso que serviu como centro de inteligencia para as tropas militares durante a ditadura.
O companheiro Daniel Gomes falou em nome do Movimento Fora da Ordem, no qual reforçou a a importância da criação da Comissão nacional da Verdade, mas ponderou que a Justiça só será feita através da mobilização dos movimentos e com a pressão do povo nas ruas. Reforçando a importância dos movimentos de juventude presentes e da importância do ato ter acontecendo na frente do Colégio Militar, no qual fez criticas, pelo fato de que na Escola o Golpe de 1964 é ensinada como a Revolução de 1964.
O ato foi finalizado com a Fala de Ariane Leitão, coordenadora do Comitê no qual exaltou a importância dos movimentos e pessoas presentes. relatou que a luta pelos direitos humanos é uma luta diária e que por mais que a Ditadura civil-militar tenha terminado em 1985, muitas práticas dela ainda são presentes nas ações policiais de hoje, por isso essa é uma luta de todos. Principalmente em honra a memória dos que foram presos, torturados e mortos durante o Regime Militar. Relatando que o comitê já possui suas próximas ações agendadas, entre elas a identificação do Palácio da Polícia que serviu como local de tortura e do quartel da Rua Luíz Afonso que serviu como centro de inteligencia para as tropas militares durante a ditadura.
Caminhada do Comitê Carlos de Ré da Verdade e da Justiça
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Ato no arco do Expedicionário da Redenção
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Ariane Chagas Leitão
Coordenadora do Comitê Carlos de Ré
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quarta-feira, 30 de maio de 2012
Agentes da tortura falam pela primeira vez: MP ouve depoimento de Guerra e Marival por 16 horas
Por Luiz Cláudio Cunha
Especial para o Sul21
Especial para o Sul21
Em sigilo, começou esta semana a autópsia da ditadura brasileira. Durante 16 horas de depoimento em Vitória, ES, ao longo de segunda (28) e terça-feira (29), o ex-delegado do DOPS Cláudio Antônio Guerra e o ex-sargento do DOI-CODI Marival Chaves Dias do Canto falaram pela primeira vez e formalmente ao Ministério Público Federal, na presença da coordenadora da Comissão Memória, Verdade e Justiça da Câmara de Deputados, deputada Luiza Erundina de Souza (PSB-SP).
Uma força tarefa de cinco procuradores do MP de quatro Estados (SP, RJ, MG e ES) foi enviada discretamente à capital capixaba pela subprocuradora geral da República, Raquel Elias Ferreira Dodge, para a inédita oitiva dos dois únicos agentes da repressão brasileira que ousaram testemunhar e confessar os abusos e crime praticados nos porões da ditadura. O depoimento de Guerra e Marival acontece apenas doze dias após a instalação oficial pela presidente Dilma Rousseff da Comissão Nacional da Verdade, ainda enrolada na discussão burocrática de seu regimento de trabalho.
Ninguém da imprensa teve acesso ou soube dos depoimentos em Vitória. Uma equipe da TV Câmara, que acompanhava Erundina e o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), membro da Comissão Memória, Verdade e Justiça, não teve permissão dos procuradores para presenciar o ato. Uma equipe da própria Procuradoria Geral da República gravou os dois depoimentos na íntegra.
O ex-delegado Guerra, autor do livro recém-lançado Memórias de Uma Guerra Suja, em depoimento aos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, falou durante 12 horas — nove horas na segunda-feira, entre as 9h e as 18h, e outras três horas na manhã seguinte, respondendo a uma bateria de perguntas dos procuradores. Na tarde de terça-feira, entre as 14h e as 18h, o ex-sargento Marival deu o seu testemunho, o primeiro que faz desde a histórica entrevista que concedeu em novembro de 1992 ao repórter Expedito Filho, da revista Veja.
No livro, o delegado do DOPS admite que matou com disparos à queima roupa, envolveu-se em atentados como o Riocentro e coordenou a incineração de corpos de presos políticos no forno de uma usina de açúcar em Campos, interior fluminense. Na revista, o sargento do DOI confirma, na frase dura que ilustra a reportagem de capa: “Eles matavam e esquartejavam”.
“É a primeira vez que o Estado brasileiro ouve formalmente os seus depoimentos”, observou o procurador Sérgio Gardenghi Suiama, que acompanhou o histórico evento na sede do Ministério Público Federal em Vitória, na companhia dos procuradores Antônio Cabral, Ivan Cláudio Marx, Silmara Goulart e Paulo Augusto Guaresqui. Os dois agentes da repressão falaram longamente sobre o que viveram e viram, apontando nomes e locais que servirão para instruir os três procedimentos criminais já abertos no MP.
Guerra, apesar de se sentir ameaçado por ex-colegas que serviram à rede do DOPS, DOI-CODI e SNI, dispensou a sua inclusão no Programa de Proteção a Testemunhas, instituído em 1998 pela Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça. Apesar disso, a deputada Erundina, como coordenadora da Comissão Memória, Verdade e Justiça, formalizou ali mesmo, em Vitória, um pedido ao procurador da República em Campos dos Goytacazes, RJ, Eduardo Santos de Oliveira. “O depoente encontra-se sob frágil proteção policial executada pela PM do Espírito Santo”, ressaltou Erundina no ofício de terça-feira, 29, solicitando a cobertura da Polícia Federal ao ex-delegado.
“O Estado brasileiro, a partir desse ato formal perante o MP, é o responsável pela segurança pessoal de Guerra e de Marival e pela preservação dos locais e endereços onde foram praticados os crimes de tortura, morte e desaparecimento forçado”, observou Luiza Erundina, animada com as revelações detalhadas e as novas pistas oferecidas.
A deputada da Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça espera, agora, que outras pessoas se inspirem no exemplo dos dois agentes da ditadura, contando o que viram e sabem sobre os porões da repressão. “Guerra e Marival provam que podemos e devemos buscar e revelar a verdade, por mais terrível que ela seja. A verdade está aí, basta ter vontade e coragem para ir atrás dela”.
Luiz Cláudio Cunha é jornalista
(cunha.luizclaudio@gmail.com)
(cunha.luizclaudio@gmail.com)
Texto retirado de Sul 21: http://sul21.com.br/jornal/2012/05/agentes-da-tortura-falam-pela-primeira-vez-mp-ouve-depoimento-de-guerra-e-marival-por-16
segunda-feira, 14 de maio de 2012
domingo, 13 de maio de 2012
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Ato do Comitê Carlos de Ré na frente de antiga sede do Dops em Porto Alegre
No fim da tarde da última quinta feira (10 de maio), o Comitê Estadual Carlos de Ré, do
qual o Movimento Fora da Ordem é membro fundador e coordenador, realizou o ato
na frente de uma antiga sede do DOPS em
Porto Alegre. A residência
localizada na Rua Santo Antonio, nº 600, no bairro Bom Fim serviu como local de
tortura de presos do regime militar. O ato teve participação das juventudes
do PT e PSOL, além de juventudes do movimento estudantil, do Levante Popular da
Juventude, do Movimento Juntos e dirigentes do PT e Psol, com destaque para a
presença do ex-governador Olívio Dutra. Que iniciou a colagem dos adesivos na
calçada que indicava que o local havia sido usado como lugar de tortura durante
o regime militar, e hoje é um símbolo da resistência a Ditadura Militar.
Entre gritos e palavras de ordem os
manifestantes presentes exigiam a punição aos torturadores e assassinos do
regime militar brasileiro. Entre os cartazes e pirulitos que os manifestantes
levavam, se destacava a foto de Dilma Roussef, enquanto presa política, com a
frase: “Verás que um filho teu não foge à luta”.
Após as falas de representantes dos movimentos que compõem o comitê,
no qual Ariane Leitão falou em nome da coordenação do comitê e Marcio Santos
falou em nome do Fora da Ordem, o Levante Popular da Juventude apresentou uma
cena de tortura. Sendo o ato encerrado com a colagem de cartazes e colocação de
pirulitos no muro e portão da residência. Sendo o ato a primeira atividade
externa do comitê gaúcho pela luta ao direito à Memória, à Verdade e à Justiça.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Ditadura Militar (1964-1985) - Que não se esqueça, para que nunca mais aconteça!
O
período da ditadura militar no Brasil, compreendido entre 1964 e 1985, foi
marcado por uma série de crimes contra os direitos humanos, cometidos por
agentes do Estado e seus parceiros na sociedade civil. É fundamental que a
história desse período não seja esquecida. A investigação dos acontecimentos
desse período, bem como de crimes cometidos pelo Estado brasileiro é
fundamental para que consigamos compreender de forma plena nossa história e a
sociedade em que vivemos. Entretanto, além de lutar pelo nosso direito à
Memória e à Verdade, é essencial a luta de todos pelo direito à Justiça.
Os
jovens das décadas de 60 e 70, que lutaram pelo direito de todos à liberdade,
resistindo bravamente aos governos militares foram presos, torturados,
exilados, desapareceram ou foram mortos. Entretanto os torturadores do regime
militar foram anistiados e seguiram suas vidas normalmente. Muitas ruas, avenidas e distintos locais
públicos foram nomeadas em homenagem a esses ditadores. É em memória aos bravos jovens que lutaram
pela liberdade e democracia do Brasil, que lutamos hoje para que a ditadura não
seja esquecida e que a justiça seja feita.
A
aprovação da Comissão Nacional da Verdade foi um marco histórico para o nosso
país. Ela será o mecanismo de revelação dos crimes cometidos pelos agentes
civis e governamentais durante a Ditadura Militar. Entretanto a Comissão da
Verdade não terá poderes para levar os torturadores, sequestradores, estupradores
do Regime Militar para o banco dos réus. Cabe a sociedade, principalmente a
juventude, lutar para que o Direito à Justiça seja garantido. Além de revelar
para todo mundo os locais de tortura e de moradia dos torturadores, que ainda
estão vivos, é dever da juventude se
colocar Fora da Ordem que vem mantendo os valores estabelecidos naquele período
e garantindo a impunidade dos crimes cometidos pelo Estado brasileiro e seus
apoiadores até hoje.
Essa
luta não é apenas de um grupo de indivíduos, mas sim de toda a sociedade
brasileira para que a ditadura militar não seja esquecida e para que nunca mais
aconteça.
Direito à Memória, à Verdade e à
Justiça é o que nos compete.
Daniel Gomes
Estudante de História da UFRGS
Secretário Adjunto da JPT Porto Alegre
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Juventude e Políticas Públicas
Sempre existiram políticas e programas que
abrangessem os jovens, mas o entendimento de que é necessária uma
especificidade para este segmento é recente. A juventude deixou de ser vista
como uma faixa etária de transição problemática e vem sendo reconhecida como
fundamental para o processo de desenvolvimento do país e das nações.
Um dos primeiros passos
significativos para essa mudança no Brasil foi a conquista do voto aos 16 na
Constituinte e a partir de então o tema foi cada vez mais se colocando como necessário
e demandando respostas dos poderes públicos. Uma destas respostas é a criação
de órgãos responsáveis por articular ações para implantação de programas e
projetos destinados aos jovens nos diferentes níveis de governo, como as
coordenadorias e secretarias de juventude.
Nos últimos anos foram
várias as conquistas no país, como a Criação da Secretaria Nacional de
Juventude , do Conselho Nacional de Juventude e a execução de programas como o
Projovem e Prouni, entre outros. No Rio Grande do Sul, um avanço para a
juventude gaúcha foi a criação da Coordenadoria Estadual da Juventude pelo
governo Tarso já no primeiro ano de mandato, entretanto o desenvolvimento das
políticas públicas de juventude no estado tem muito a avançar.
A
transformação da Coordenadoria em Secretaria de Estado é uma das principais
reivindicações dos jovens gaúchos. A criação da Secretaria supriria a
necessidade de ações nas diferentes áreas de execução, conforme a diversidade
das suas condições de vida, pois são muitas as diferenças e desigualdades que
os afetam. Por isso a importância de resultados nas políticas que defendem os
direitos dos jovens.
Por Thaís Tavares dos Santos
Coordenadora de Direitos Humanos da JPT/RS
Por Thaís Tavares dos Santos
Coordenadora de Direitos Humanos da JPT/RS
quinta-feira, 12 de abril de 2012
A Juventude e Seu Lugar na Cidade
Porto Alegre vive hoje um cenário onde os espaços de lazer e de cultura estão concentrados na região central. Sendo que hoje não existe política pública alguma, por parte da administração municipal, voltada para levar lazer e cultura até as periferias. São os jovens que mais sofrem com isso. Pois alem de não haver uma oportunidade de diversão e conhecimento perto de casa, o transporte coletivo é de má qualidade e caro. Hoje a juventude de Porto Alegre padece da imobilidade urbana.
Os principais parques, praças e espaço de lazer da cidade estão nos bairros da região central da cidade. Sendo que a maioria da juventude da cidade mora em bairros distantes desses locais e não conseguem ter acesso até esses lugares devido ao transporte coletivo de má qualidade e de altas tarifas. A juventude necessita de lugares para poder se divertir, encontrar os amigos, e se expressar livremente. Entretanto até os parques e praças centrais padecem com uma política de sucateamento e privatização do bem público. Símbolo disto foi a privatização do Auditório Municipal Araújo Viana e o projeto do cercamento do Parque da Redenção. Cabe aos jovens porto-alegrenses lutarem por de lugares de livre expressão cultural e de diversão. Cabe a juventude discutir e lutar por políticas que garantam o acesso à cultura e ao lazer, e a descentralização desses espaços. Espaços como as “Praças de Juventude”, que até hoje, Porto Alegre não tem nenhuma.
A juventude tem excluído o seu direito de acesso à cultura e ao lazer. Alem disso a conquista histórica, como o meio-ingresso em shows e apresentações, não é garantida. Os jovens quando se reúnem em pontos da cidade para se expressarem, são apontados pela mídia e pela sociedade conservadora como marginais, vândalos e sem limites. Sofrem com o preconceito e intolerância, principalmente os jovens gays e negros. Exemplo disso é o caso dos jovens que se reúnem na cidade baixa nos fins de semana, e são apontados como os que não cumprem as leis e atormentam os moradores. A juventude em Porto Alegre sofre com a intolerância, e não tem garantido seu direito de livre expressão cultural e sexual. Mas cabe a juventude discutir e lutar pelo direito a diversidade e livre opinião. A juventude deve estar na linha de frente da luta sobre os rumos da cidade e impor os seus direitos, lutando por espaços de lazer, cultura e livre expressão.
Devido à luta da juventude de hoje, pela garantia do seu direito de acesso ao lazer e à cultura, que nós estamos Fora da Ordem do conservadorismo e preconceito que vive nossa Porto Alegre. Acreditamos que é papel fundamental que a juventude debata e reflita sobre os rumos da cidade, lutando por políticas que garantam o “Lugar da Juventude na Cidade”. No ano de 2012, haverá as eleições para a prefeitura e para a câmara de vereadores. Por isso torna-se fundamental haver candidaturas jovens e que defendam a juventude. Pois a juventude não pode se alienar da política e deve votar em candidatos que estejam Fora da Ordem que Porto Alegre vive hoje.
Os principais parques, praças e espaço de lazer da cidade estão nos bairros da região central da cidade. Sendo que a maioria da juventude da cidade mora em bairros distantes desses locais e não conseguem ter acesso até esses lugares devido ao transporte coletivo de má qualidade e de altas tarifas. A juventude necessita de lugares para poder se divertir, encontrar os amigos, e se expressar livremente. Entretanto até os parques e praças centrais padecem com uma política de sucateamento e privatização do bem público. Símbolo disto foi a privatização do Auditório Municipal Araújo Viana e o projeto do cercamento do Parque da Redenção. Cabe aos jovens porto-alegrenses lutarem por de lugares de livre expressão cultural e de diversão. Cabe a juventude discutir e lutar por políticas que garantam o acesso à cultura e ao lazer, e a descentralização desses espaços. Espaços como as “Praças de Juventude”, que até hoje, Porto Alegre não tem nenhuma.
A juventude tem excluído o seu direito de acesso à cultura e ao lazer. Alem disso a conquista histórica, como o meio-ingresso em shows e apresentações, não é garantida. Os jovens quando se reúnem em pontos da cidade para se expressarem, são apontados pela mídia e pela sociedade conservadora como marginais, vândalos e sem limites. Sofrem com o preconceito e intolerância, principalmente os jovens gays e negros. Exemplo disso é o caso dos jovens que se reúnem na cidade baixa nos fins de semana, e são apontados como os que não cumprem as leis e atormentam os moradores. A juventude em Porto Alegre sofre com a intolerância, e não tem garantido seu direito de livre expressão cultural e sexual. Mas cabe a juventude discutir e lutar pelo direito a diversidade e livre opinião. A juventude deve estar na linha de frente da luta sobre os rumos da cidade e impor os seus direitos, lutando por espaços de lazer, cultura e livre expressão.
Devido à luta da juventude de hoje, pela garantia do seu direito de acesso ao lazer e à cultura, que nós estamos Fora da Ordem do conservadorismo e preconceito que vive nossa Porto Alegre. Acreditamos que é papel fundamental que a juventude debata e reflita sobre os rumos da cidade, lutando por políticas que garantam o “Lugar da Juventude na Cidade”. No ano de 2012, haverá as eleições para a prefeitura e para a câmara de vereadores. Por isso torna-se fundamental haver candidaturas jovens e que defendam a juventude. Pois a juventude não pode se alienar da política e deve votar em candidatos que estejam Fora da Ordem que Porto Alegre vive hoje.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Caos em Porto Alegre
Foi só o ano letivo começar em Porto Alegre para que o trânsito da cidade virasse um caos. As ruas logo cedo já se encontram lotadas com carros com um único passageiro, as equipes da EPTC não conseguindo orientar os pedestres. Os trabalhadores já de manhã se encontram estressados para irem trabalhar. Mas o pior desse cenário é o absurdo do nosso transporte coletivo.
Porto Alegre vive hoje uma crise social no seu transporte coletivo. Além de possuir uma das passagens mais caras do país, hoje possui uma crise de qualidade nesse serviço. Logo cedo os ônibus já se encontram lotados. Num cenário no qual trabalhadores, aposentados, estudantes, mães e crianças são tratados como “Sardinhas em latas”. Os passageiros a todo o momento são insultados e desrespeitados ao ter que esperar por um longo tempo o sua condução diária que mais uma vez está atrasada. Ao entrar no ônibus tem que pagar 2,85 R$ para andar por uma hora até o centro da cidade em uma situação humilhante.
Todo passageiro que precisa pegar diariamente os ônibus para irem a escola, ao trabalho, a agencia bancária, a agencia do INSS sofre com a super-lotação do transporte coletivo porto-alegrense. Mas a situação é pior para as bravas mulheres que tem que passar por essa situação diária. Além da rotina de exaustão entre o trabalho fora de casa e o trabalho doméstico, as mulheres têm que sofrer a humilhação dos abusos dentro dos transportes. Todos dos dias as mulheres porto-alegrense tem que sofrer com os homens que se aproveitam da situação e ficam se esfregando, apalpando partes intimas e por vezes, não raramente, cometendo abusos e violências piores.
Porto Alegre precisa mudar. Nossa cidade precisa de um projeto político que enfrente esse caos. Precisamos de um prefeito que se preocupe com o povo da cidade e não como o prefeito os empresários do ramo de transporte. Mas essa mudança não pode ser feita com um discurso do “E aí, Beleza!”. Precisamos que nossa cidade entre em sintonia com o ritmo de mudanças do nosso estado e do nosso país. Queremos que nossa cidade volte a crescer.
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